O candidato Marcelo cruza-se em campanha com o livro do Indy, onde o Marcelo-Velho-Rasputine é personagem e fonte
A campanha do candidato Marcelo, já se sabe, é uma coisa em forma de assim onde tudo pode acontecer. Até uma visita a uma agência funerária seguida de uma visita a uma livraria em Portalegre (e daqui se celebra o facto de em Portalegre ainda haver livrarias de rua que não são das grandes cadeias livreiras). Sobre funerárias não temos nada a dizer, mas sobre livrarias temos uma certeza: quem entra numa por estes dias corre sempre o risco de se cruzar com "O Independente - A Máquina de Triturar Políticos". Assim foi com o candidato Marcelo lá em Portalegre.
Foi um momento único, aquele em que o Marcelo 2016 olhou para a capa do livro onde está o Marcelo de finais dos 80's, ainda com a sua pêra mefistofélica enfeitando-lhe o rosto. No interior do livro, há o antigo Marcelo-em-versão-Velho-Rasputine, de que já demos conta aqui, e também o atual Marcelo-fonte-e-comentador-de-acontecimentos.
O Marcelo 2016 fez questão de sublinhar que "não só li o livro como contribuí para o livro com testemunhos". E por momentos vestiu ainda mais um fato, o de crítico de livros, para garantir que este "é um livro engraçado".
Engraçado mesmo foi este momento, tão bem registado pelo José Carlos Carvalho, fotógrafo do Expresso: o meta-momento em que o Marcelo-candidato comenta o livro onde estão outras duas versões do mesmo Marcerlo. Em resumo, uma maravilha para apaixonados por semiótica.
Quanto ao mais, deu-se o caso dos jornalistas quererem saber como é que o atual Marcelo, que é "a esquerda da direita", convive com o velho Marcelo, que era a direita da direita do PSD. Voltaremos a esse assunto...
